Hoje eu acordei do meu cochilo muito, muito mal humorada e, pra piorar, eu tinha que ligar pra net porque a tv tava sem sinal.
Então lá estava eu, falando com a máquina, quando ela me mandou apertar o número 1 se eu quisesse que reabilitasse o sinal. Apertei, e ela me diz que não era possível. Só que tinha que ser possível, porque a moça com quem eu tinha falado mais cedo disse que era. Mas ok, respirei fundo e liguei de novo, e dessa vez pedi pra falar direto com o atendente.
O moço, que se chamava Marcos e tinha um sotaque bem forte, me perguntou qual era o problema, disse que ia ver se era possível resolver. Tudo bem até ele me dizer que o sinal já estava reabilitado.
Eu fiquei meio "mas como?!" e fui ver na tv, e não é que já estava funcionando? Foi então que, ao invés de agir como uma pessoa normal, agradecer e desligar o telefone, eu surtei. Minha mente gritava pra mim "eu não tô louca!! a máquina disse que não tava funcionando!!".
"Mas moço, eu falei com a máquina e ela disse que não tava funcionando e que ela não conseguia consertar."
"A máquina disse isso?"
"Disse!!"
"Mas aqui aparece que foi reabilitado"
Aí eu contei toda a história de como eu descobri que tava sem sinal, como eu demorei pra ligar porque tinha que falar com minha mãe, etc, etc, etc. E foi aí também que descobri que "máquina" não é o termo certo, tem um nome pra isso. Não que eu lembre agora qual é.
"Mas a máquina disse que não dava!!"
Quando eu percebi que já tava exagerando assim, só um pouquinho, eu resolvi parar de dar uma de maluca, perguntar coisas relevantes, pedir desculpas e desligar o telefone.
Provavelmente eu deixei um atendente traumatizado e servi de piada na hora do cafezinho. Mas eu juro que não sou doida, tá? É tudo culpa da máquina.